domingo, 20 de novembro de 2011

Passing by..


Deitado na cama, olho para o tecto e este olha para mim.
- Olá tecto.
- Bom dia Martim.. Se calhar devias te levantar e tornar-te útil para o mundo.
- Se calhar devia.
- E então?
- E então o quê?
- Vais te levantar?
- Vou, mas não agora.
- Porquê?
- Não sei.

Há 10 dias entreguei a "tese" e deitei com cuidado o meu cérebro sobre uma almofada de seda.
Nestes últimos dias tenho relaxado e não pensado em estudos, mas há sempre a preocupação de mandar CVs e procurar uma nova casa para morar para o ano. Responsabilidades. Não há como escapar delas.

Tive uma festa de anos em casa do Roman, outra com os amigos da escola de música do Miguel cá em casa, aproveitei para voltar a passear por Londres, ir a exposições e ver filmes todas as noites.
Não sei se foi por ter visto os dois filmes em dias seguidos, mas reparei que existem pontos em comum entre o Midnight in Paris e o Revolutionary Road. Os personagens principais querem fugir para Paris ou ficar em Paris, querem escapar a uma realidade sufocante e acabam por perceber que não estão felizes com o que lhes parece garantido na vida. Para um dos personagens, o Presente é entediante e há idealização de um outro periodo de tempo no passado. Uma Golden Era. Para outro, a realidade é uma jaula com regras tacitamente estabelecidas. E isto fez-me pensar, com risco de me tornar melodramático, que tomamos poucos riscos nas nossas vidas e que estamos sempre agarrados à corda do Futuro. De qualquer maneira, risco + crise pode não dar um bom resultado, mas talvez seja uma desculpa para se deixar de fazer seja o que for..

- Bravo Martim.
- Obrigado tecto.

Piadas:
Na agência disseram-me que eu era parecido com um actor australiano chamado Eric Bana (fez o The Hulk). Passado uns meses, numa festa, disseram-me a mesma coisa. Foi preciso vir para Londres para me tornar num look-a-like?
Já duas vezes me perguntaram se eu e a Francisca eramos irmãos. Mais uma vez, não percebo onde encontram semelhanças.

Ontem, vindos da noite, encontrámos dois ratos na cozinha. Provavelmente um casal, procurando levar comida para os seus filhos ainda pequenos, os ratos esconderam-se assustados debaixo do frigorífico.
"O que vamos fazer Jim?"
"Não sei Betty-Lu. Não te mexas,"
"Não aguento mais esta tensão. Cada vez que tentamos arranjar comida, temos de passar por isto!"
"Calma, calma. Fica calada!"
"Não aguento mais!!", disse ela correndo até um buraco ao pé da máquina de lavar.
De repente, vindo do nada, uma escuridão caiu sobre ela e sufocou-a.
O Tomás apanhou o primeiro rato com um pano e mais tarde o segundo da mesma forma. No fim morreu tudo à pancada. A ver se não temos mais problemas com roedores cá em casa.

No outro dia fomos ver Stomp ao vivo!

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Work! Study! Think!...Good Boy



Lets do the D.O.N.E dance! Or maybe not.

Acabou. Finito. Done.
A cada ano que passa, o Tempo torna-se mais rápido e este ano passou como uma carta passada por debaixo de uma porta, sem barulho e discretamente. Faz sentido? Se sim, continue a ler.

O Tempo. Musa da minha tese, leão das savanas. O seu rugido ouve-se ao longe e todos os animais o temem. Até mesmo eu, um comum mortal, uma partícula de uma poeira cósmica, me escondo da sua sombra.

CORTA

O Mestrado começou ontem e acabou hoje. Na minha cabeça passou um dia. Acabou. Finito. Done.
E apesar de ter acabado este ano, toda a gente se sentiu um bocado apática no momento da entrega. Não houve aquele excitamento da entrega de Junho, mas mesmo assim fomos todos para um pub beber e celebrar. Não sei porquê mas estava muito cansado. Os meus olhos pediam descanso e conseguia sentir a tensão a sair do meu corpo. Nunca mais teria de pensar constantemente no Mestrado. Depois do pub, não sei o que nos deu mas, Maria, João, Tomás, eu e mais amigos, fomos para casa da Nico, a nossa velha amiga italiana. Depois disso e resumindo, casa.

Em cima podem ver como apresentámos as nossas teses. Comprámos umas caixas bem bonitonas, encadernámos tudo com capa dura e deitámos umas gotas do melhor perfume de cá de casa, Sabedoria (er).

Em baixo podem ver o meu output, uma experiência e o output da Maria. Mais tarde espero por o do João também!



sábado, 5 de novembro de 2011

Meta


Meta à vista! Estou mesmo quase no fim do Mestrado e posso dizer que felizmente já acabei o report e o video final para entregar na quarta. Sem pressões, posso descansar um bocado mas ainda não me consigo lançar para a noite ou passear de dia, porque tenho sempre a preocupação a remexer os meus miolos.

Hoje fui a uma gráfica com a Maria tentar imprimir e encadernar as teses e quando chegámos lá já tinham fechado. De qualquer maneira fomos atendidos muito bem e explicaram-nos as várias alternativas de impressão e encadernação. Fomos para o Barbican Center, onde pela 2192ª vez revemos os nossos reports.

Tenho ido todos os dias da ultima semana para a Faculdade. Estuda-se bem na sala de aula porque não há ninguém para me chatear... ou achava eu. O Tomás e a Maria resolveram juntar-se a mim e puderam ver as maravilhas daquele espaço místico.

Fui entretanto à cozinha porque ouvi a Maria a gritar. Resumo da história: Maria ve um rato, rato foge para uma quarta dimensão, Maria sobe para cima de cadeira, cadeira berra e parte-se, Maria cai no chão que nem Golias, Martim dá uma boa risada.